Rubens Jardim

A poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano.

Meu Diário
03/05/2010 11h04
ACREDITE: NOSSO LEGISLATIVO É UM DOS MAIS CAROS DO MUNDO
 
Um deputado brasileiro custa dez vezes mais do que um português. Três vezes mais do que um alemão e quase cinco vezes mais do que um francês. Como se vê, eles sabem legislar –em causa própria.
 
Você sabia que um deputado federal brasileiro custa mais do que o dobro de um membro da Câmara dos Comuns britânica –incluindo aí salário, auxílios diversos e estipêndios pagos a assessores de gabinete? Mas não é só isso: em Tocantins, por exemplo, que é o Estado onde a Assembléia consome menos verba, o custo por deputado estadual –pouco mais de 2 milhões de reais – é maior do que os dos deputados espanhóis e portugueses que consomem menos da metade disso.
E mais: com um orçamento de pouco mais de 6 bilhões de reais, o Congresso Nacional brasileiro (a Câmara dos Deputados e o Senado) só é superado pelo dos Estados Unidos, sendo quase o triplo do orçamento da Assembléia Nacional francesa.E mais ainda: a média de custo por parlamentar dos legislativos europeus é de cerca de 2,4 milhões de reais por ano. No Brasil isso pula para os 10 milhões de reais.
Veja, na tabela acima, o orçamento de diversos legislativos, o número de parlamentares e o custo de cada um deles em diferentes países. Os absurdos e os disparates são tão grandes que, mesmo não levando-se em conta o desgaste da representatividade política, derivada do repetido envolvimento de políticos em escândalos de corrupção, fica-se estarrecido, perplexo, revoltado.
Aliás, estatísticas levantadas pela Transparência Brasil, mostram que nada menos de 165 deputados federais (32% do total de 513 membros da Casa) e de 30 senadores (37% dos 81 senadores) respondem na Justiça (em segunda instância ou nos Tribunais Superiores, portanto já condenados em primeira instância) por crimes contra a administração pública ou o processo eleitoral ou foram multados por Tribunais de Contas por infrações diversas quando no exercício de funções executivas. Na Assembléia Legislativa de São Paulo eles são 39% (37 entre 94 deputados) e na de Minas Gerais, 19% (15 entre 77).

Publicado por Rubens Jardim em 03/05/2010 às 11h04

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