Rubens Jardim

A poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano.

Meu Diário
16/03/2019 19h59
OUTRO SONETO DE AMOR

Outro poema de amor. Também escrito recentemente celebrando a primeira namorada.Levei um fora na noite de natal. Fiquei arrasado. Mas é claro que o nosso amor era uma coisa de duas crianças que nem sabiam ainda beijar.Mas isso não impede que você sinta a sua própria e eterna carencia. As suas dificuldades, presentes até hoje, E embora tenha vivido tantas decepções, tantas dores,continuo acreditando nessa coisa: o amor. Pra mim é a única coisa possível de salvar a humanidade.

DESPEDIDA

Isabel é nome de rainha
E foi ela, Isabel, que regeu
a minha vida amorosa lá 
nos anos sessenta. Isabel

era uma menina. Mais que
isso: primeira namorada,
Sopro de vida modelando
o barro inicial das palavras.

Imagem que guardo: Isabel
constrangida e eu desesperado
pelo primeiro adeus, osso que

desenterro até hoje por ter
sido abandonado no corredor
dessa dor que nunca acaba


Publicado por Rubens Jardim em 16/03/2019 às 19h59
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16/03/2019 19h53
UM SONETO DE AMOR

ENCONTRO

Vera é a dançarina inquieta
que me arrancou da quietude 
e me jogou no vai e vem de 
de seu corpo, mix de treino

trama e trem esfumaçado. 
Lembro de Vera bailando
sua leveza diante das alunas
e eu hóspede de suas asas.

Vera rebrotava dando aula,
esvoaçando pés, pernas e
pantorrilhas. E me abraçava

como se fosse cair no chão
de si mesma. E eu segurava
suas asas.Voávamos juntos

(poema escrito recentemente que celebra um caso de amor que tive a uns 40 anos atrás. Está nesse livrinho feito em 2018.)


Publicado por Rubens Jardim em 16/03/2019 às 19h53
 
16/03/2019 19h44
SINTO QUE SOZINHO AS COISAS NÃO ANDAM....

NÃO FUI FEITO PRA VIVER SOZINHO -- Vivi sempre um uma família muito grande e muito presente.E desde a infância isso significou troca, diferença,conflito --e amor. Mas não havia essa desistência tão rápida e esses conflitos não chegavam a abalar os alicerces do afeto. Lembro de um fato que durou algum tempo, talvez um ano: minha mãe e meu tio Dirceu. Superada a questão, a vida voltava aos trilhos. Hoje, esse comportamento é impossível. Todos se acham donos da verdade.Só que ninguém pensa: a verdade existe? É por essas e outras que tenho uma fé inquebrantável no amor. Nunca me senti um intruso em minha família. Meus pais nunca foram limitadores ou impedidores da minha vida. Pelo contrário, eles dialogavam comigo e me aceitavam. Como aceitavam meu irmão e minha irmã, todos geminianos --mas com caracter´sticas comportamentais bastante diferentes.E eu sou isso aí: uma pessoa que não sabe viver sozinha. Saí desse universo de um bando de gente querida pra casar com a mulher amada.Vivemos mais de dez anos juntos, felizes. Aí veio o destino e fez de mim o que quis.Mas como tenho sorte --e sou protegdo pelos anjos rilkeanos--embarquei nesse novo amor. Hoje, temos um filho comum que já está com 32 anos.Pois é: continuo amando essa mulher que me proporcionou os momentos de maior cumplicidade, de maior alegria, de maior celebração da vida.E só posso dizer que quando ela está longe de mim, me sinto precarizado.Não sou um macho típico que fica feliz com a ausência da mulher. Tempo de liberdade, sem restrições. Posso fazer o que quiser: jogar, beber com amigos--e até dar uma puladinha de cerca...Mas nada disso me seduz ou encanta.  Aliás, nem sei se sou um macho. O que eu sei é que ela está longe de mim. E eu sinto uma falta enorme dela.Daí a razão desse post confessional. Eu sei me virar bem, cozinhar, limpar a casa e outros babados. Mas a Ana Maria Leitão faz uma falta gigantesca no meu olhar compartilhado, no meu afeto renovado e nos nossos corpos abandonados na cama, no sono, no sonho. (A foto é de uma época do início do nosso namoro.).


Publicado por Rubens Jardim em 16/03/2019 às 19h44
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16/03/2019 19h37
A POESIA NÃO DÁ GRANA. MAS CONCEDE GRATIFICAÇÕES INACREDITÁVEIS

SURPRESA BOA - Em meio a tantas tragédias (Marielle e Anderson, massacre em Suzano, Lula preso sem provas, Queiroz flanando por aí,etc,etc) recebo essa boa notícia. E quem está dizendo isso é Nei Duclós, jornalista, poeta competente e escritor atuante.Só pra dimensionar o significado disso: alguns livros do Nei foram prefaciados por Mario Quintana e Mário Chamie, por exemplo. Fiquei muito feliz por estar, também, em companhia de amigas que admiro muito como a Márcia Maranhão De Conti, a Nydia Bonetti, a Juliana Meira, a Marceli Andresa Becker, a Elke Lubitz e a Marga Cendón. Todas elas fazem parte daquela minha louca e apaixonada empreitada: AS MULHERES POETAS (3 e-books reunindo mais de 400 poetas que podem ser acessados gratuitamente na plataforma ISSUU.E que eu pretendo transformar em livros impressos.) É isso aí.


Publicado por Rubens Jardim em 16/03/2019 às 19h37
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