Rubens Jardim

A poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano.

Meu Diário
15/02/2019 00h53
NOVAS EDIÇÕES DE GRANDE SERTÃO:VEREDAS

GUIMARÃES ROSA VEM AÍ - Sessenta e três anos depois da publicação de Grande Sertão:Veredas (1956) obra que mudou a história literária do Brasil e é considerada uma revelação do potencial expressivo da nossa língua, a Companhia das Letras anuncia duas edições desse longo poema em prosa: uma comum e outra de luxo. Esta terá 63 exemplares, numerados, com capas feitas por bordadeiras de São Paulo e Minas Gerais. O preço dessa edição especial (R$1190,00) está provocando polêmica nas redes sociais. A edição comum custará R$89,90.


Publicado por Rubens Jardim em 15/02/2019 às 00h53
 
06/02/2019 19h28
QUANDO AS CASAS ERAM ABERTAS AOS OUTROS E AOS AFETOS

AV. REBOUÇAS, ANOS 50 -- Morei lá nos anos 60 em um casarão do meu tio e a avenida ainda era exatamente assim, com esse canteiro central fabuloso. E a nossa vida lá parecia uma festa interminável. Também moravam lá: meus pais, meus dois irmãos, minha avó Elisa, meu tio Walter, minha tia Dulce. Apesar da ditadura militar, vivíamos em paz. E a vovó atraia visitas cotidianas de meus tios e tias e primos e primas. Preservo lembranças extremamente gratificantes dessa vida aberta ao outro.


Publicado por Rubens Jardim em 06/02/2019 às 19h28
 
06/02/2019 18h39
IMPOSSÍVEL ESTAR EM FEVEREIRO E NÃO LEMBRAR DESSE POETA MAGNÍFICO

Paulo Marcos del Greco (1932-2018) é um dos poetas mais injustiçados deste país. Publicou um único e excelente livro nos anos 60, Lamentações de Fevereiro, na coleção Novíssimos -- do Massao Ohno. Depois disso, que eu saiba, só um trecho desse poema foi republicado na Antologia Poética da Geração 60, organizada pelos poetas Álvaro Alves de Faria e Carlos Felipe Moisés.
Pode-se até buscar justificativas para isso em sua produção de um livro só. Pode-se também atribuir-lhe a classificação--criada por Manuel Bandeira-- de poeta bissexto. Mas não consigo engolir nenhuma delas. Afinal, o nosso querido Augusto dos Anjos -- publicou também um livro só. E ainda hoje ele está aí, vivo, republicado--e presente em tudo que é história da literatura.
E como vocês poderão ver, nesse trecho inicial do livro Lamentações de Fevereiro, a poesia de Paulo Marcos del Greco é das melhores já publicadas no Brasil. O poema abre exatamente com o mesmo verso com que Camões dá início ao seu célebre poema Babel e Sião. (Sôbolos rios que vão por Babilônia...)

Sôbolos rios que vão por Babilônia
o tempo de chegar gerou a espera
e as mãos que me seguiram no caminho
teceram o foi e o que não era.
Sôbolos rios, tristes águas noites,
Babilônia outra vez ressurge em dias
e presente é passado e história é fuga
do escuro de teus olhos quando vias.
Por que tempo de amar, por que destêrro
nessa esfera armilar dentro do escuro,
onde barões assinalados, rudes,
cruzam as armas sobre a cruz de um muro?
Aqui é Babilônia. É parte alguma
onde tudo está. E armado em sangue
singra o tempo vazio o espaço exangue.

As palavras estão cansadas.
Sem deuses, a palavra cai
na conjura dos povos,
dorme no sobressalto das sílabas
e ressoa difícil, inquieta
no labirinto dos significados.
Semente que aguarda a madurez dos mitos
Palavra
árvore de lúcidas sombras
e frutos pressentidos
nas raízes.

Inútil lutar nesse horizonte de gritos
Inútil crispar mãos, ritos e gestos
para a chegada dos tempos
em que amor fale de nós.
Mas nossa voz é gasta
como o olhar dos mortos
e os ritos já se perdem na pronúncia dos ventos
dissimulados no perfil de outrora.
Resta o gesto que somos
na escuridão sem memória.
Pois o que pensamos,
nossa casa onde se diz
mesa, leito e cartas esquecidas,
o vaso de flores absortas
e livros longamente tocados no vazio das noites:
é ceia na memória.
A simples memória de sermos o fruto
de sabor prematuro nas línguas do vento
agitando vozes de outra essência
pelas estradas de Fevereiro.
Mas permanecemos. Aqui. Sobre coisas ocultas.

Aqui. no que nos mantém, 
pois mantemos o que nos mantém,
fiéis a um compromisso de vozes
articuladas sem berço.


Publicado por Rubens Jardim em 06/02/2019 às 18h39
 
26/01/2019 18h36
E A VALE FOI PRIVATIZADA EM 1997,M GESTÃO FHC

NA LAMA

Mais uma tragédia brasileira (ou crime ambiental como alguns preferem nomear) aconteceu hoje, onde a impunidade reina para os responsáveis que se esquivam, e nada acontece ao se falar de vidas em risco, e crimes ecológicos. Mais de 400 desaparecidos e um despreparo absurdo para os resgates. Somos desamparados por um esquema podre de isenção de punição (interesses torpes capitalistas, judiciários e governamentais) e total hipocrisia quanto a laudos fraudulentos. Como pagar impostos e ver o profundo descaso e desproteção ao cidadão ? A corrupção já virou um veneno letal que assasina tudo o que requer manutenção neste país. E somos enganados todos os dias por estas lideranças crueis e desgovernadas. Mariana na lama, Museu Nacional em chamas, e viadutos rachando...! Agora Brumadinho. Retrato nacional de pessoas, trabalhadores, casas e bichos arrastados pela lama, levados pelas sujeiras das negligências podres e fedorentas.
Até quando ?
Vergonha nacional !

(copiei esse comentário da minha amiga, poeta Paula Valéria Andrade, pois ele resume, com exatidão meu pensamento)


Publicado por Rubens Jardim em 26/01/2019 às 18h36
 
23/01/2019 20h58
NÃO ME CONFORMO COM O LULA PRESO, SEM PROVAS.

Essas fotos dizem tudo sobre o melhor e mais querido presidente do Brasil. Lula nunca foi capacho, nem subserviente, nem arrogante e metido à besta.

E um homem dessa qualidade humana e dessa grandeza política está preso, sem provas,por suspeição, indícios e convicções de que é proprietário de um apto no Guarujá...Qualquer mané sabe que a prova de propriedade de um imóvel não é nem o contrato de compra e venda, mas se ele consta no registro de imóveis...Pelo amor de Deus!


Publicado por Rubens Jardim em 23/01/2019 às 20h58



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