Rubens Jardim

A poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano.

Meu Diário
12/05/2020 15h25
“MULHERES DE SÃO PETERSBURGO”,


O NOVO LIVRO DE ÁLVARO ALVES DE FARIA

Será amanhã, 13 de maio, o lançamento de “Mulheres de São Petersburgo”, novo livro do poeta Álvaro Alves de Faria, publicação da Editora Penalux. Na impossibilidade de se realizar a apresentação do novo livro numa casa de eventos culturais, “Mulheres de São Petersburgo”, com prefácio do poeta Luis Augusto Cassas, sai via Internet e já está sendo vendido por este endereço:

vendas@editorapenalux.com.br

Alvaro explica “Mulheres de São Petersburgo”:

--Lendo muitos de meus poemas inéditos, notei que muitos deles tinham a figura da mulher como tema poético, a começar pelo título. Reuni então esses poemas e vi que o resultado foi bom. “Mulheres de São Petersburgo”, na verdade, era o título de um poema. E senti que esse poema explicava poeticamente o que pensei. Muitos desses poemas foram escritos no exterior, em viagens que fiz, especialmente Coimbra, Madri e Paris. São poemas de observação, se é que é possível explicá-los assim. Outros poemas foram escritos por experiências vividas. Acredito que o livro representa bem a poesia que me marcou a vida inteira.

O poeta diz acreditar na venda pela Internet, que já é uma tendência, porque tudo está mudando rápido demais. As livrarias praticamente desapareceram e os pontos de vendas cada vez diminuem mais. Adianta que optou por este meio da Internet, acatando a sugestão da editora.

No prefácio, Luis Augusto Cassas lembra o reconhecimento do poeta em países como o Brasil, Portugal e Espanha, observando: “Solitário, puro e autêntico em sua totalidade criadora, Álvaro Alves de Faria, com “Mulheres de São Petersburgo” rearma aos leitores e às novas gerações, o valor inquebrantável da dedicação à poesia e à estrutura superior atingida pela plenitude da linguagem em direção às novas estações do verbo. Resistência e humanismo, beleza e verdade, a lição que continua a pregar nas trincheiras líricas de sua revelação”.

Já a crítica literária e poeta, Alexandra Vieira de Almeida, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assinala, nas “orelhas”, depois de percorrer os poemas em que mulheres de todos os tipos estão em todas as páginas:

-Este livro de poesia excepcional, por sua beleza, fala sobre mulheres, sem particularismos nacionais. Dá voz às mulheres de vários países, no seu cosmopolitismo vertiginoso, que abrange os perfis femininos em várias épocas e regiões, como no século XVII, também através do medievalismo à época mais atual”.

Repetindo: vendas pelo endereço:

vendas@editorapenalux.com.br


Publicado por Rubens Jardim em 12/05/2020 às 15h25
 
12/05/2020 15h06
JAMAIS ESPEREI TER POEMAS PUBLICADOS NESSA REVISTA

NAS MINHAS BAGUNÇAS-- Confesso que fiquei me "achando" quando conquistei o espaço de duas páginas nessa revista.Só pra vocês terem uma ideia: o editor era o Carlos Vogt (foi reitor da Unicamp, presidente da FAPESP, vice-presidente da SBPC e secretário de ensino supérior do estado de são paulo)  e o consultor para literatura era o Álcir Pécora(crítico literário, professor e diretor do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP). Mais ainda: essa revista, muito bem conceituada no meio científico e cultural, nasce um ano depois de criada a SBPC , Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em 1948.--e até hoje é vinculada a essa instituição.Diga-se de passagem que a SBPC é uma instituição que sempre defendeu a democracia, a ciência e as liberdades.  Divido com amigos a alegria desse reencontro e os dois sonetos publicados.


Publicado por Rubens Jardim em 12/05/2020 às 15h06
 
10/05/2020 16h53
AI QUE SAUDFADES DOS MEUS FILHOTES

Essas duas queridezas já estão na casa dos trinta e tantos...e eu sem vê-los e sem abraçá-los durante mais de 40 dias...haja saudade e saúde para suportar esse sacrifício em nome de um amor maior, mais inclusivo e mais responsável...Amo vocês na fuligem e na vertigem.No escapamento dos carros.No rosto dos sapateiros e nos pés dos engraxates.Amo vocês nos conflitos e nos cofrontos. Amo vocês nos becos e nas avenidas. Amo vocês aos trncos e barrancos.


Publicado por Rubens Jardim em 10/05/2020 às 16h53
 
05/05/2020 09h30
A AINDA POUCO LIDA POESIA DE JORGE DE LIMA

Um fenômeno curioso cerca o nome e a obra do poeta alagoano: enquanto a fortuna crítica avolumou-se e cresceu, a sua altíssima poesia continua esquecida e meio confinada em edições quase clandestinas.(O isolamento social, recomendado pela OMS, e que eu sigo fielmente, propicia esses achados--essa carta enviada a jornais e revistas é de 1993!!!)


Publicado por Rubens Jardim em 05/05/2020 às 09h30
 
29/04/2020 15h05
CONVERSA COM A EDUCAÇÃO PELA PEDRA, DO JOÃO CABRAL

O SER URBANO FALANDO

A fala a nível do ser urbano, engana:
as palavras dele vêm,como ulceradas
(palavras de efeito, mobília), na sintaxe
de uma expressão indecisa, de almofadada.
Enquanto que sob ela, madura e apodrece
o arcabouço do sonho, a pessoa projeto,
perspectiva inglória do ser urbano,
incapaz de afirmar suas paixões.

Daí porque o ser urbano fala muito:
as palavras sem paixão adulteram a boca
e no idioma cidade não se fala o essencial;
nesse idioma o usual é a ausência do singular.
Daí também porque ele fala depressa:
tem de cortar as palavras de suas raízes,
aliená-las de sua vida, reconfeitá-las;
e esse trabalho não deve tomar seu tempo.

(Escrevi este poema em homenagem ao poeta João Cabral de Melo Neto já faz muito tempo.Minha intenção foi apropriar-me de sua linguagem e dos seus ritmos. Mais precisamente: estabelecer um contraponto ao poema O Sertanejo Falando, publicado no livro Educação Pela Pedra, Editora do Autor, 1966).

 

 

 


Publicado por Rubens Jardim em 29/04/2020 às 15h05



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