![]() 05/03/2018 01h17
SONETO DE CELEBRAÇÃO DE UM AMOR DO PASSADO
(Antes do poema, algumas lembranças. Havia um bar-restaurante, em Pinheiros, que era frequentado por jornalistas e artistas. Eu e muitos amigos eramos fregueses e passávamos por lá toda semana. Um dia, vindo de uma reunião na Bienal, passei por lá. Não encontgrei nenhum amigo. Mas encontrei uma moça interessante e bela que não tirava o olho de mim. Tímido, demorei a me encorajar e a falar com ela. Sentamos juntos e começamos a conversar. Bem casado, perguntei se ela gostaria de conhecer um amigo que eu curtia muito e estava só, desimpedido e a fim de envolvimento. Ela assentiu e eu chamei esse amigo. Ele veio e o bate-papo prosseguiu. Percebi, no entanto, que os dois não sintonizaram. Assim mesmo, pensei em deixá-los e ir embora. Foi o que fiz.Mas ela pediu carona e eu a levei pra sua casa. Sequer entrei. Mas no caminho o papo foi bom e trocamos telefones. Passados alguns dias,voltamos a nos falar e a nos encontrar. E aí começou nossa história de amor. Deixei minha casa e minha mulher e fui morar junto dela e de seus dois filhinhos. Foi um período bonito, intenso --mas durou pouco. Acabei voltando pra casa e pra minha mulher.) Vera é a dançarina inquieta trama e trem esfumaçado. Vera rebrotava dando aula, como se fosse cair no chão Publicado por Rubens Jardim em 05/03/2018 às 01h17
02/03/2018 15h39
VIREI UM HOMEM DO LAR
Faz muito tempo que descobri o universo da cozinha.Mas nunca pude me dedicar a ele senão amadoristicamente.Sempre trabalhei o dia inteiro e só de vez em quando podia curtir esse espaço mágico de transformações. Desde que me aposentei virei uma espécie de profissional da área. Um profissional doméstico, é claro. Sem grandes pretensões--exceto aquelas de seguir os bons momentos e os bons pratos que mamãe fazia. Ampliei o cardápio e sinto enorme prazer em preparar, no dia a dia, nossas refeições. Publicado por Rubens Jardim em 02/03/2018 às 15h39
01/03/2018 19h43
POEMA DE UMA DAS NOSSAS MULHERES POETAS
Gosto muito desse poema antigo da minha amiga Betty Vidigal. Por isso, divido com os amigos. Lembrando que Betty faz parte da nossa série AS MULHERES POETAS...que vai virar livro digital, gratuito. Serão 3 volumes. O primeiro está pronto, apesas aguardando texto de apresentação. Claro que feito por uma mulher, escritora de alta qualidade. Aguarde. MACETES Os macetes, meu irmão, conheço todos. Desde ficar de costas para os postes Os macetes, meus irmãos, aprendi logo: No ônibus, fico esperto: o pivete ao meu lado, Se consigo um lugar pra ir sentado, Os macetes, bróder meu, aprendi cedo. Os macetes, mano, então, Quem usa calças sabe o que tem dentro. Publicado por Rubens Jardim em 01/03/2018 às 19h43
25/02/2018 11h28
A HISTÓRIA NOS CONDENA
É sempre esclartecedor dar uma olhada no passado. Ele pode revelar aspectos nefastos que ainda estão presentes no nosso comportamento. Relendo matéria do jurista Fábio Konder Comparato, na penúltima edição de Carta-Capital (nº 991), destaco essa observação que vai direto ao ponto de um vício cultural congênito da nossa formação: o predomínio absoluto do interesse privado sobre o bem público. Um exemplo: o cofre público do Rio de Janeiro foi encontrado em 1779, em grande desordem, pois o tesoureiro guardava-o em sua casa, ao seu inteiro dispor. (é isso que registrou o Marquês do Lavradio(na ilustração) em relatório ao seu sucessor).Parece ser muito difícil erradicar esses comportamentos que misturam bens públicos e bens privados . Infelizmente, para a sociedade brasileira. Mais especificamente: para a maioria do nosso povo já tão sofrido e alijado das mínimas condições de uma vida digna. Publicado por Rubens Jardim em 25/02/2018 às 11h28
23/02/2018 13h32
LEMBRANÇAS DE LINDOLF BELL
Gostaria que os amigos fizessem download desse livrinho, feito em 2009, sobre a trajetória singular desse grande poeta que buscou, através da Catequese Poética, reaproximar o poeta do povo. Fiz esse livrinho, gratuito, para dar uma certa durabilidade a palestra realizada no Lugar Pantemporâneo, ocasião em que foi lançado mais um livro da coleção Melhores Poemas, dirigida por Edla Van Steen. Desta vez, o homenageado foi Lindolf Bell, poeta que se tornou celebridade nos anos 60, graças ao movimento que criou: a Catequese Poética. Para quem não sabe, a finalidade da Catequese Poética era levar a poesia ao conhecimento do grande público em lugares imprevisíveis como boates, clubes, escolas, praças, teatros, faculdades, sindicatos, livrarias, bares, etc. Segue o link:https://rl.art.br/arquivos/2631944.pdf Publicado por Rubens Jardim em 23/02/2018 às 13h32
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