Rubens Jardim

A poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano.

Meu Diário
08/08/2019 00h54
ANTOLOGIA SARAU DA PAULISTA

Texto e fotos publicados no blog do jornal Estado de S.Paulo, Sarau, Luau, e o Escambau, em 01/08/2019, pelo amigo Arnaldo Afonso

REMINISCÊNCIAS DO SARAU DA PAULISTA
DOMINGO >>> Ah… que delícia que é reencontrar Rubens Jardim, esse meu velho amigo e poeta querido a quem tanto admiro. Ele, incansável ativista dos encontros poéticos, juntou-se a Cesar Augusto de Carvalho na organização da primeira Antologia do Sarau da Paulista, evento que, há 3 anos, reúne poetas de várias gerações para declamações na avenida. Não bastasse a beleza dos poemas, o lançamento aconteceu no pátio da Casa das Rosas, em meio à uma exposição de flores e sob um lindo céu azul. Além dos citados, estavam lá (e estão no livro) os incríveis Celso de Alencar, Álvaro Alves de Faria, Hamilton FariaBeth Brait Alvim e Paulo César de Carvalho, entre muitos outros. E tivemos o privilégio de ouvir a bela voz da cantora Myrian Miryan Lopez, acompanhada pelo violão de Leandro de Abreu. Tava tudo muito bão, mas eu saí correndo porque tinha compromisso na ZL…


Publicado por Rubens Jardim em 08/08/2019 às 00h54
 
08/08/2019 00h49
A MEDIOCRIDADE DEVASSADA

Essa antologia lançada sábado, no Patuscada, reúne textos escritos por 35 autores (20 homens e 15 mulheres). A edição bem cuidada da Laranja Original vem despertando interesse e já recebeu essas palavras do escritor, pesquisador e crítico Krishnamurti Góes Dos Anjos: "Os méritos de uma antologia como esta são muitos, a começar pela variedade de estilos, enfoques temáticos, discursos e modelagens estéticas. Cada autor traz o seu contributo no sentido de alargar o foco desse padrão mental que nos assombra." Eis os auores que foram incluidos nessa coletânea organizada por Rosana Piccolo e eu mesmo da silva: Adelaide Do Julinho Airton BaptistaAstrid CabralBeth Brait Alvim, Carlos Felipe Moisés, Celso de AlencarCesar Augusto de CarvalhoClaudinei VieiraClaudio DanielClaudio LaureattiDalila Teles VerasDavi KinskiDonny CorreiaEdson CruzEdson ValenteEulália RadtkeFabiano Fernandes GarcezGermana ZanettiniGiselle RibeiroGreta BenitezJandira ZanchiLau SiqueiraLeandro RodriguesLuis Augusto CassasLuiz Roberto GuedesLuiza Silva Oliveira , Marcia DenserMariana TeixeiraRaquel NaveiraRogério SalgadoRosana BanharoliRosana Piccolo, Rubens Jardim, Rubens Zárate e Vlado Lima.


Publicado por Rubens Jardim em 08/08/2019 às 00h49
 
08/08/2019 00h37
DE PAI PRA FILHAS (O QUE UM PAI DIZ ÀS FILHAS QUANDO A MÃE NÃO ESTÁ POR PERTO), publicado pela MRN Editora, é um ótimo p

Mais um poeta e escritor curtindo o livro de estréia de Luiz Gustavo Leitão Vieira, fora do universo acadêmico. E o Paulo Lima é competente, sério e rigoroso. Aliás, outras figuras respeitadas da nossa literatura como Álvaro Alves de Faria, Lenita Estrela de SáMirian de Carvalho, Jacyntho Lins Brandão e Edmundo de Novaes Gomes já louvaram esse livro. Eu também já li e recomendo. Em seguida, a resenha de Paulo Lima: 


PAI & FILHAS

A paternidade é um livro repleto de histórias, mas nem todos os pais têm condições de contá-las. Os filhos crescem, e as histórias ficam para trás num álbum genérico denominado "memórias da infância".

Este não é o caso do tradutor Luiz Gustavo Vieira. Pai de gêmeas, ele resolveu registrar em livro as dores e as delícias de sua convivência com as filhas Stella e Clara.

O universo da literatura envolvendo pais e seus rebentos é extensa, e o saldo nem sempre é positivo. Sobram doses proporcionais de amor e ódio entre as partes. Leia "Pais e filhos", de Ivan Turgêniev, por exemplo, e verá.

Mas nas crônicas DE PAI PRA FILHAS (O QUE UM PAI DIZ ÀS FILHAS QUANDO A MÃE NÃO ESTÁ POR PERTO), publicado pela MRN Editora, o humor ultrapassa todas as barreiras. Se Luiz Gustavo pôde contar com a inteligência das filhas, elas tiveram a sorte de dispor de um talentoso contador de histórias.

Stella e Clara, de apenas 8 anos, parecem ter chegado prontas ao mundo, tamanho é o desembaraço com que encurralam o pai nas situações mais desafiadoras, típicas da infância. E olha que ao pai não faltam recursos intelectuais para se safar, em tese, das armadilhas espertas das meninas.

Se você é pai, é professor. Mas é também aluno, e para Luiz Gustavo exorbitam os momentos em que ele, depois de levar uma boa sova de esperteza, vê-se forçado a aprender e baixar o topete da autoridade paterna.

É o que reconhece o próprio Luiz Gustavo: "Descobri, para meu desalento e constante irritação, que uma das funções primordiais dos filhos é manter você com os pés no chão. Em termos mais chulos e claros: filho te dá uma real, faz você baixar a bola, te derruba do pedestal."

E oportunidades de aprendizado não faltam. Zeloso com o bem-estar familiar, Luiz Gustavo se vê às voltas com o ímpeto de consumo das gêmeas, tendo que freá-lo com argumentos realistas. Não contava, porém, com a sagacidade de Stella: "Pai, nao dá para pagar o cartão de crédito com o cartão de crédito?" Como é que o mercado financeiro não pensou nisso?

Entretanto, as artimanhas das gêmeas alcançam não apenas os limites do território do pai, mas também da mãe, Karina, que é psicóloga. Quer ver só? Certa vez, na hora de dormir, a esposa exigiu o direito de ficar com o marido. Stella se insurgiu: "É meu pai!" Karina respondeu: "É meu marido há mais de vinte anos. Há quanto tempo é seu pai?" E a réplica vencedora de Stella, com a precisão de um nocaute: "Ele é meu pai minha vida toda. Não é seu marido a vida toda. A vida toda vale mais."

Estes são apenas dois dos muitos diálogos coletados por Luiz Gustavo que, explorados com a habilidade de fino cronista, fazem de seu livro uma viagem deliciosa e superengraçada, uma declaração de amor sincera e sensível que ensinará também todos os leitores - tanto os que são pais quanto os que ainda serão.


Publicado por Rubens Jardim em 08/08/2019 às 00h37
 
23/07/2019 00h43
OS POEMAS DESSA ANTOLOGIA IRONIZAM E CRITICAM OS COMPORTAMENTOS DA CLASSE MÉDIA

A Editora Laranja Original convida a todos para o lançamento do livro 'Mediocridade', antologia poética organizada por Rosana Piccolo e Rubens Jardim.
O evento será realizado no dia 3 de agosto (sábado), a partir das 19h, no Patuscada Livraria Bar e Café (Rua Luís Murat, 40 - Pinheiros, São Paulo - SP).

Autores participantes da antologia: Airton BaptistaAstrid CabralBeth Brait Alvim, Carlos Felipe Moisés, Celso de Alencar,Cesar Augusto de Carvalho,Claudinei VieiraClaudio DanielClaudio LaureattiDalila Teles Veras,
Davi KinskiDonny Correia,Edson Cruz,Edson ValenteEulália Radtke,Fabiano Fernandes Garcez,Germana ZanettiniGiselle Ribeiro,Greta Benitez,Jandira Zanchi Lau SiqueiraLeandro Rodrigues,Luis Augusto Cassas,Luiz Roberto Guedes,
Luiza Silva Oliveira ,Márcia Marcia Denser,Mariana Teixeira ,Raquel Naveira,Rogério Salgado,Rosana BanharoliRosana Piccolo,Rubens Jardim,Rubens ZárateAdelaide Do Julinho
Vlado Lima


Publicado por Rubens Jardim em 23/07/2019 às 00h43
 
23/07/2019 00h21
POEMA CELEBRANDO A ILHA GREGA DE SANTORINI

A CHEGADA EM SANTORINI
O barco aportou em Santorini
e o tumulto despertou meu coração 
menino. “Para Thira? Sim, nós te levamos
para Thira. Venha conosco.”
Preso à minha língua, e ao cativeiro de
meu corpo, não sei para onde vou.
Só sei que vou por aí, celebrando
sinais antiquíssimos, indícios
da sentença délfica entre
o fogo divino e a taça repleta.

Apesar disso, um burburinho de vozes 
preenche meus ouvidos.São sons familiares. 
Vestígios de imagens que saltam de poemas 
antigos. Mas tudo isso é intraduzível
diante da turbulência desse cáis.

Onde os mitos, os monastérios,
as tumbas, e as mensagens dos deuses?

Onde a triunfal cidade, os negociantes 
de azeite e vinho ? Onde os tronos, 
os templos e os vasos cheios de néctar?

Acho que o amigo poeta tinha razão:
eu também fui visitar a Grécia 
e ela não estava lá.
Estavam turistas de todas as partes, 
mochilas, walkmans,cameras fotográficas,
filmadoras, laptops, celulares e até os últimos
e inúteis desafios da razão moderna.

Mas cadê a presença da lira melodiosa,
da gaita pastoril e da ária de himeneu?
Os antigos erguiam deuses, catedrais
e trabalhavam com arados, bigornas e charruas.

E o que fazemos nós com as chaves perdidas,
as portas ausentes, e os deuses mortos que
sairam da terra e das nossas almas 
e ficaram suspensos entre a imagem e a palavra
a abstração e o objeto, a idéia e a coisa.

Recorrência e surpresa.

Será assim o meu grito
diante da boca agonizante de Apolo?
Ou invocarei Dionísio, 
o deus bailarino para uma contradança?

Por incrível que pareça estou aqui agora, 2003, 
e sinto que não vou mais achar a água 
limpa para lavar os meus olhos. Meu destino 
está suspenso entre a entrega e a reserva
entre o grito e o silêncio, 
entre a festa e o velório.
e todas as coisas solitárias que amo sem compreender.

Entro no ônibus, absolutamente lotado.
Turistas de todas as partes do mundo não confraternizam comigo.
Estou mais sozinho e inutil do que os dourados carros de combate
ou os antigos e sacros teatros que se calaram para sempre.


Publicado por Rubens Jardim em 23/07/2019 às 00h21



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